sábado, 9 de fevereiro de 2013

IRRIGAÇÃO COM ÁGUA DA CHUVA É UM DOS SEGREDOS DO ORQUIDÁRIO DE 70.000 PLANTAS EM MARÍLIA.

Por Célia Ribeiro

A paixão pelas orquídeas vem de longa data. Há 35 anos, o médico Carlos Pelissari iniciou o cultivo dos primeiros vasos, sempre com muito amor e dedicação cirúrgica. O que era um passatempo, no entanto, acabou tornando-se um negócio lucrativo que ele mantém com a esposa, Adriana Dias Pelissari, aproveitando um recurso abundante na natureza: a água da chuva.

Plantas respondem bem à água da chuva
Atualmente, o casal mantém 70.000 plantas em 2.000 metros quadrados de estufas localizadas em uma chácara do Condomínio Campo Belo, próximo ao Distrito de Padre Nóbrega. De lá saem os vasos para a loja “Portal das Orquídeas”, onde são realizados cursos gratuitos para os interessados em aprenderem sobre o cultivo das orquídeas ou melhorarem seus orquidários particulares.
Água em abundância nas quatro estações do ano
Tanto na chácara como na loja da cidade, o diferencial do orquidário de Adriana e Carlos Pelissari é o aproveitamento da água da chuva que gera economia e preserva uma das riquezas naturais do planeta. Com poucos investimentos, eles instalaram 05 caixas (5.000 mil litros cada) na chácara e uma caixa no portal,  armazenando as águas pluviais para posterior irrigação das plantas.

Adriana ao lado de uma das caixas d'água
“Antes, nós tínhamos que molhar com a água da torneira. Mas, as orquídeas não gostam de água clorada”, contou Adriana, explicando que a ideia de utilizar a água da chuva surgiu da necessidade de manter a vitalidade das plantas. Para surpresa do casal, as orquídeas responderam muito bem à mudança. E o melhor ainda estava por vir: uma expressiva economia financeira.

De acordo com Adriana Pelissari, as contas de água encanada variavam de 250 a 300 reais por mês. Hoje, não chegam a 30 reais. Ela disse que estão pensando em instalar mais duas caixas na chácara, ampliando para 35 mil litros a capacidade de reservação: “Dá pena quando chove muito porque as caixas enchem e somos obrigados a jogar água fora por falta de espaço”. Ela revelou que além de irrigar as plantas, as águas pluviais servem para a limpeza do quintal da propriedade, abrigo dos cães etc.
Detalhe das caixas d'água: 25 mil litros armazenados a custo zero
A sócia do “Portal das Orquídeas” contou que muitos clientes ficaram interessados na novidade e, por isso, também costumam orientar quem deseja adotar o sistema de aproveitamento da água da chuva. No próximo sábado, dia 16 de fevereiro, das 14 às 17h30, a loja promoverá mais um curso gratuito sobre cultivo das orquídeas e quem quiser participar, basta entrar em contato pelo telefone: (14) 33160463.

FACILIDADE

A curvatura das estufas facilita o escoamento das águas pluviais. Quando chove bem, em 10 minutos dá para encher uma das caixas de 5.000 litros, assinalou a proprietária do Portal das Orquídeas. Um sistema de tubulação leva a água para o reservatório que devolve o líquido através de bombeamento na hora de regar as plantas.
70 mil orquídeas nas estufas da propriedade
“Ninguém precisa comprar uma caixa grande. Um tambor ou balde, com tampa, resolve. É só encher na hora da chuva e pronto”, comentou Adriana. Outra opção para quem tem poucos vasos é deixar as plantas alguns minutos na chuva, mas com cuidado para não molhar demais porque as orquídeas sentem tanto a falta quanto o excesso de água.
Pequenos cuidados e dedicação garantem flores lindas assim
Outras orientações da orquidófila: manter as plantas longe do sol, em local com claridade. Quando estiver muito calor, pode molhar um pouco todos os dias, caso contrário o indicado é colocar pouca água três vezes na semana. Outra dica é não deixar pratinhos sob os vasos porque o acúmulo de água pode apodrecer as raízes da planta.

Orquídeas da loja: informações garantem manejo adequado
Para outras informações ou para se inscrever, gratuitamente, no curso, acesse: www.portaldasorquideas.com.br ou escreva para: atendimento@portaldasorquideas.com.br O endereço em Marília é Avenida Santo Antonio, 477, telefone (14) 33160463.

 * Reportagem publicada na edição de 10.02.2013 do Correio Mariliense

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