domingo, 30 de dezembro de 2012

RETROSPECTIVA 2012: AS BOAS PRÁTICAS DE EMPRESAS, ENTIDADES E CIDADÃOS, NAS ÁREAS SOCIAL E AMBIENTAL.


Por Célia Ribeiro

O ano que se encerra foi marcado pela criatividade e determinação de pessoas que ousaram sonhar alto e fazer a diferença. Nas áreas da filantropia e da responsabilidade social, inúmeros exemplos serviram para estimular quem estava com a ideia guardada sem coragem de tira-la do papel. Já no campo da sustentabilidade ambiental, o Correio Mariliense estampou dezenas de bons exemplos inspiradores.
Das 60 postagens do blog selecionamos algumas reportagens para ilustrarem cada um dos 12 meses. Os arquivos de todas as matérias, com muitas imagens inéditas que não entraram nas edições impressas, estão disponíveis neste blog. Para ler os textos, clique no link do mês correspondente.
A todos que nos acompanharam pelo jornal e pela internet, desejamos um Feliz Ano Novo! Que a solidariedade ao próximo e a preocupação com o planeta possam ocupar um lugar de destaque em nossas vidas. Boa leitura e até 2013!

Lau e o mel na varanda
Doce mel: O ano começou com a bonita história de amor à apicultura de dois amigos. Foi na infância que Wenceslau Gomes Soares (Lau), 73 anos, e Dirceu Manzon, 70 anos, se encantaram com a criação de abelhas. Durante toda a vida, através de tentativas bem e mal sucedidas, aprenderam as lições da atividade tornando-se referência na produção de mel, própolis, cera e pólen em Marília.

Luiz Célio e aluno no recreio

Cristo Rei: Vale recordar o trabalho do tradicional colégio que se diferencia por planejar o futuro das novas gerações com uma visão de longo alcance focada na sustentabilidade. “Para a escola, ser certificada com os selos 9001 e 14001 não é nosso fim. Como instituição, é muito mais um compromisso, um trabalho que a gente tem que desenvolver e, a cada dia, ter a certeza de fazer melhor que ontem”, afirmou o coordenador Luiz Célio.

O trabalho digno e solitário, no quintal.
Imigrante japonês: Atrás do portão principal, um corredor repleto de vasos e plantas variadas conduz aos fundos da moradia revelando aos visitantes os segredos da arte milenar em bambu. Como seus antepassados, sentado no chão e, em profundo silêncio, o imigrante japonês mantém o semblante tranquilo: afinal, ele atravessou o mundo para estar ao lado de sua amada e começar uma nova vida no país tropical. Sem falar português, Yukio Sasagawa ganha a vida fazendo artesanato em bambu e é um exemplo de superação.

Alunos têm visitas de campo
SENAC: Durante dois anos e meio, um grupo seleto de alunos de faixa etária, origem e níveis de escolaridade distintos, prepara-se para conquistar o emprego dos sonhos. Enquanto o relógio avança rumo a 2.014, data limite para que os municípios implementem a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sob pena de ficarem órfãos dos recursos federais, os estudantes do Curso Técnico de Meio Ambiente do SENAC sabem que serão disputados pelo mercado, tanto no setor público como na iniciativa privada. O SENAC saiu na frente ao criar um curso bem estruturado de onde estão saindo profissionais preparados para atuarem em uma área essencial.

Visitas especiais no paraíso da arquiteta Angela Torres
Ecologia: O paraíso perdido do filme existe na zona leste: a Shangri-la, na verdade, é a propriedade onde vivem a arquiteta Ângela Torres, seu marido, o engenheiro agrônomo Fábio e o filho Enrico. Em menos de quatro anos, eles transformaram o lugar num santuário ecológico aonde o respeito ao meio-ambiente vem em primeiro lugar. Dedicada às construções sustentáveis, há 10 anos, a arquiteta levou para casa as ideias que oferece aos clientes: reaproveitamento do que for possível, desperdício zero e uso racional dos recursos naturais.
Trabalho dos voluntários começa bem cedo
Amor solidário: Quando tímidos raios de sol despontam no horizonte e as ruas estão quase desertas, um grupo especial de pessoas já está de pé, com disposição invejável, para encarar uma longa jornada de trabalho. Às 6h30, a sede da “Delícias do Amor Solidário” abre as portas para que donas de casa, aposentados e profissionais da ativa coloquem para funcionar uma padaria diferente, ao lado do Hospital Espírita de Marília. Extremamente bem organizada e instalada segundo as rígidas normas da Vigilância Sanitária, a padaria nasceu da solidariedade de voluntários que resolveram profissionalizar a produção de alimentos visando a geração de renda.

Cozinha do hotel que vende o óleo para produção de biodiesel
Sun Valley: Um dos melhores hotéis da região, cuja reputação foi construída ao longo dos anos, implantou o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) tornando-se referência para outros estabelecimentos do setor hoteleiro. O Quality Hotel Sun Valley, privilegiado pela ampla área verde e construção horizontal, foi o primeiro a se adequar às exigências da lei que, a partir de 2.014, não dará trégua àqueles que deixarem tudo para a última hora. Não é de agora que a questão ambiental está na pauta do hotel, explicou o proprietário Fernando Ribeiro, citando que o lixo reciclável é separado e doado à Cotracil e há dois anos, todo o óleo residual é vendido para produção de biodiesel.

Voluntários da Missão Louvor & Glória
Casa do Bom Samaritano: Uma casa antiga e acolhedora, localizada estrategicamente em frente à igreja Matriz de São Bento, na Avenida Pedro de Toledo, tem atraído homens e mulheres que perderam quase tudo. Como um farol sinalizando para os náufragos, a fachada estampa em letras garrafais o nome autoexplicativo: “Casa do Bom Samaritano”, lugar que oferece amor, cuidados e a ajuda necessária para resgatar a dignidade de todos que baterem à porta. O projeto, criado e mantido pela Fundação Missão Louvor & Glória, ligada à igreja católica, foi inspirado em Madre Teresa de Calcutá.

Belinha e sua arte com recicláveis
Arte com recicláveis: Toda manhã, os privilegiados moradores do Jardim Acapulco são brindados com uma experiência sensorial única. E o clima bucólico inspira uma artista da terra que escolheu o lugar para viver e reproduzir o ambiente da infância, de pé no chão e cumplicidade com a natureza. Izabel Cirillo, a Belinha, extrai dali a energia para criação de peças originais: garrafas de vidro são pintadas e adornadas com tampas feitas com sobras da construção civil, como pastilhas, ou com papel machê a partir de jornais e revistas velhos; garrafas PET são aproveitadas para o plantio de temperos e formam divisórias de ambiente; os pneus das brincadeiras de infância ganharam cores vibrantes e abrigam florzinhas coloridas no jardim.

Comida de qualidade: atendimento digno a quem precisa.
Compaixão: Nas manhãs de domingo, bem antes do vai-e-vem frenético que toma conta da Avenida das Esmeraldas, solitários ou em grupo, necessitados de toda ordem rumam em direção ao socorro que lhes garantirá alimento para o corpo e para a alma. Localizada na Rua José Alberto Gonçalves, 120, vizinha ao Shopping Esmeralda, a “União Espírita João de Camargo” acolhe a todos, independente do credo, realizando um importante trabalho social que visa resgatar homens e mulheres da situação de vulnerabilidade em que vivem.

Árvore de Natal feita com garrafas de vidro: originalidade
Chaplin: As mãos habilidosas de duas irmãs, acostumadas a encantarem seus familiares com criações inusitadas, passaram os últimos meses trabalhando duro para que outras famílias pudessem mergulhar no clima natalino de uma maneira diferente: refletindo sobre a importância da preservação ambiental. O resultado da empreitada ainda pode ser visto no Chaplin Restaurante e Pizzaria que inovou ao utilizar garrafas PET, garrafas de vidro, potes de conserva, rolhas de vinho, rolos de papel higiênico, entre outros materiais recicláveis, na decoração de fim de ano. Eneida Felipe de Melo e Cleide de Melo Diniz são as responsáveis pela concepção e montagem da decoração que surpreende pela criatividade e bom gosto.

Lago do "Caminho da Roça"
Caminho da Roça: No Distrito de Padre Nóbrega, em uma área preservada formou-se um pedacinho do paraíso na Terra onde as crianças aprendem a respeitar a natureza e os adultos renovam seu compromisso em defesa do meio ambiente. A “Fazendinha Caminho da Roça”, como é conhecida, nasceu do sonho acalentado pela professora aposentada e consultora de jardinagem e paisagismo, Lílian Aparecida Marques de Oliveira, que vislumbrou a possibilidade de implantar uma reserva natural na propriedade, de 48.000 metros quadrados, que serviria para difundir a educação ambiental.

* Retrospectiva publicada na edição impressa do Correio Mariliense de 30.12.2012

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