domingo, 24 de abril de 2011

CENTRO ESPÍRITA LUZ E VERDADE: FAZER O BEM AJUDA QUEM FAZ E QUEM RECEBE

Por Célia Ribeiro

Numa casa simples da Rua Salvador Salgueiro, na periferia de Marília, às 3h30 da madrugada, a vendedora ambulante Luciana Sayugri acorda ao toque do despertador, deixa pronto o café para o marido acamado, e começa o domingo com uma caminhada de quase duas horas. No meio do percurso encontra a mãe e ambas seguem para a Rua XV de Novembro, 1.146: há quase um ano, essa rotina se repete toda semana porque mãe e filha fazem parte do grupo de 120 famílias assistidas pelo Centro Espírita Luz e Verdade.
Voluntários chegam bem cedo

A fila em frente à entidade começa antes do sol nascer. No último domingo, o “Correio Mariliense” acompanhou o atendimento desde 6h quando o burburinho de voluntários podia ser ouvido da calçada. Engenheiros, advogados, médicos, professores, donas de casa, aposentados e trabalhadores em geral se revezam nas tarefas. A alegria é contagiante e nem parece que todo mundo saiu da cama de madrugada, em pleno domingo.

Logo no portão, a surpresa pelo encontro de duas figuras conhecidas: o advogado César Pillon e o engenheiro e ex-vereador Roberto Monteiro. De aventais e gorros brancos, eles ajudam na cozinha onde estão sendo preparadas as refeições: o café da manhã reforçado de boas-vindas às famílias e o almoço que cada um levará para casa no fim da manhã.

ATENDIMENTO
Café da manhã reforçado

Mais de 130 voluntários, organizados em escalas semanais, alternam-se nas tarefas do atendimento social. No dia 17, o vice-presidente Ismael Gonçalves de Mattos, de prancheta na mão, fazia a chamada dos cadastrados. Eles têm que registrar 75% de presença (03 domingos) para terem direito a uma cesta básica por mês.

Mas, de nada adiantaria só cuidar do bem estar físico. Assim, o Centro Luz e Verdade oferece alimento para o corpo, mas também o alimento para a alma: após a recepção aos assistidos, um dos voluntários conduz a oração acompanhada por todos, com atenção. Em seguida, é servido o café da manhã no refeitório: café com leite, pão com presunto e queijo além de bolachas doces e salgadas.

Momento da oração: alimento para a alma
Pouco depois das 8h, enquanto as crianças se dirigem à sala de evangelização infantil, os adultos vão para um dos auditórios onde assistirão duas palestras. A primeira parte é dedicada ao estudo do Evangelho, a pregação da palavra de Deus; a segunda palestra é de cidadania com temas variados que vão do combate à dengue, orientação sobre DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), prevenção de doenças como hipertensão e diabetes, tabagismo, alcoolismo, obesidade, informação sobre Direito Previdenciário etc.



Café da manhã de boas-vindas
 Além dos voluntários, profissionais de várias áreas são convidados a levar informação às famílias aproveitando a reunião na entidade. Um dos profissionais que doam seu tempo é o médico espírita Alécio Santos. Ele comentou sobre a assistência nutricional às crianças, informando que o Centro doa leite e um composto nutritivo (Nutren) que os pais levam para casa. As crianças com baixo peso são acompanhadas por nutricionistas voluntários.

ALCANCE SOCIAL

Ismael e o presidente Cezar Sad

Segundo Ismael Gonçalves de Mattos, as famílias cadastradas são assistidas por um ano ou um pouco mais, nos casos de extrema necessidade. Dessa forma, há um revezamento para que mais pessoas carentes sejam beneficiadas. Além das refeições e da cesta básica, os cadastrados podem cortar o cabelo com cabeleireiros voluntários no salão instalado na entidade, e toda semana 40 famílias escolhem roupas e calçados para levarem para casa, num sistema de rodízio. Uma vez por ano, recebem cobertores de casal antes do inverno.

O depósito onde estão armazenados os alimentos da cesta básica impressiona pelo tamanho e pela organização. Empresas como Tauste, Marilan, Unimed, Construforte, Andaluz, Água de Côco Amambi, entre outras, colaboram com doações que também são feitas pela comunidade. No entanto, para arcar com tantos custos, os voluntários do Centro Luz e Verdade organizam eventos beneficentes como a venda de lasanhas e pizzas cuja renda ajuda na manutenção de toda a estrutura.

Quanto aos alimentos do café da manhã e almoço, cada grupo de voluntários se encarrega do cardápio e da lista de compras, conseguindo doações entre amigos e se cotizando para arcarem com a aquisição dos ingredientes, que chegam a 500 reais por semana.

Verci (esq.) e o marido: parceria no social
 A costureira Verci Gotarde Meiler coordenava o refeitório na semana passada, acompanhada do marido, João Cláudio: “De todos os trabalhos, este é o mais gratificante. A cada mês, a cada dia, a preocupação de como será feito é uma emoção como se fosse a primeira vez”, comentou a voluntária.

DEDICAÇÃO
César Pillon (esq) e Roberto Monteiro
Espírita desde os 10 anos de idade, o engenheiro Roberto Monteiro disse que sempre se dedicou ao voluntariado. Mas, ao deixar a vida pública, há dois anos, passou a se dedicar muito mais. Ele lembrou que “o Sr. Manoel Sad é o mentor espiritual da casa”. Falecido há mais de 10 anos, o Sr. Manoel é uma importante referência para os espíritas de Marília e é pai do atual presidente do Centro Luiz e Verdade, Cezar Augusto Sad.
Monteiro, que conduziu a oração da manhã, afirmou que “a gente funciona por sintonia. Nossa tela mental e nossos pensamentos precisam estar voltados para o bem para que a gente se sintonize com o bem”. E finalizou, citando a máxima do Espiritismo de Allan Kardec: “Fora da caridade não há salvação”.

PERSONAGENS

Luciana e a mãe: as primeiras a chegar
Pai de 04 filhos pequenos, o pedreiro Valter Faria, morador da Vila Real, estava ansioso pelo início da palestra: “Estou sempre aqui, há mais de um ano. É lindo o que fazem porque ajudam muita gente”, afirmou. Ele disse que os alimentos que recebem são essenciais para sua família.

Apesar do cansaço por sair da Vila Nova a pé, a ambulante Luciana Sayugri era a expressão da gratidão: “Meu marido está entrevado numa cama. Se não fosse a ajuda do Centro não sei o que seria da gente”, disse, só lamentando que logo terá que sair do programa: “Fico triste porque depois de um ano eles param de ajudar. Mas, sei que eles têm que ajudar outras famílias que também precisam. A gente deve entender que tem que receber um pouco de cada vez porque não tem como ajudar todo mundo ao mesmo tempo”, concluiu resignada.

A ambulante contou que aproveita muitas informações para repassar ao marido: “Quando chego em casa, além de levar o almoço que a gente come junto, também falo sobre as palestras e o que aprendi no Centro. Divido tudo com ele”, confidenciou esboçando um tímido sorriso, antes de encerrar a conversa: “Ainda temos uns três meses pela frente”.

75 ANOS DE SOLIDARIEDADE

Fundado em 08 de setembro de 1.936, o Centro Espírita Luz e Verdade completará 75 anos em 2.011. Segundo o presidente, Cezar Augusto Sad, está sendo preparada a agenda de comemorações. Além do estudo da Doutrina Espírita, a entidade possui livraria, biblioteca e clube do livro. Para conhecer melhor, acesse o site: http://www.celverdade.org.br/

Estoque de alimentos: solidariedade de muitos

“O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade em sua maior pureza. Se interroga a consciência em seus próprios atos, rgunta a si mesmo se não violou essa lei; se não fez o mal e se fez todo o bem que podia." Mensagem do portal da instituição

























*Reportagem publicada na edição de 24.04.2011 do "Correio Mariliense"

PÁSCOA DA AACD


Doce alegria
A Páscoa começou mais cedo para as crianças atendidas pela Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) em São Paulo, e para os funcionários da instituição. No dia 13, elas receberam a visita de voluntários da Kraft Foods Brasil, que entregaram pessoalmente ovos de chocolate, como parte da parceria que completa seis anos em 2011. Foram doados, aproximadamente, 10 mil ovos em todas as unidades da AACD no Brasil. Como ocorre desde 2006, a Lacta, marca de chocolates da Kraft Foods Brasil, dedica à instituição parte da venda de ovos e coelhos de chocolates da linha “Lacta Pascoal AACD”, composta pelo ovo de chocolate Lacta Pascoal 120g, nº12 e um coelho de chocolate ao leite, de 90g. A doação de 2011 será de R$ 250 mil reais. Com ela, a Lacta soma um total de R$ 1,25 milhão doados desde o início do projeto. O valor doado este ano será utilizado para a aquisição de um Microscópio Vario Zeiss 88, com todos os componentes, acessórios, câmera e monitor, para o Centro Cirúrgico do Hospital Abreu Sodré, da AACD. (Fonte: S2Publicom)

SUPERPLÁSTICOS

De resíduos agroindustriais saem fibras que poderão dar origem a uma nova geração de superplásticos. Mais leves, resistentes e ecologicamente corretos do que os polímeros convencionais utilizados industrialmente, as alternativas vêm sendo pesquisadas pelo grupo coordenado pelo professor Alcides Lopes Leão na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Botucatu. Obtidas de resíduos de cultivares como o curauá (Ananas erectifolius) – planta amazônica da mesma família do abacaxi –, além da banana, casca de coco, sisal, o próprio abacaxi, madeira e resíduos da fabricação de celulose, as fibras naturais começaram a ser estudadas em escalas de centímetros e milímetros pelo professor Lopes Leão e colegas no início da década de 1990. Leia matéria completa da Agência Fapesp: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13725/superplasticos-naturais.htm

domingo, 17 de abril de 2011

A SOLIDARIEDADE DE VOLUNTÁRIOS TRANSFORMA LACRES DE LATINHAS EM CADEIRAS DE RODAS

Por Célia Ribeiro

O que parecia mais uma lenda urbana, dessas que se alastram na internet como rastilho de pólvora acesa, em Marília está mobilizando centenas de pessoas. Nos momentos de lazer, seja em casa, nas reuniões familiares, ou nas confraternizações com os amigos e colegas de trabalho muita gente se preocupa em retirar o lacre de alumínio das latinhas de cerveja e refrigerante por um motivo comum: contribuir com a doação de cadeiras de rodas.

Garrafas pets e tambores cheios de lacres

Quem nunca ouviu falar que juntando os lacres seria possível trocar por um aparelho ortodôntico, atire a primeira lata! Embora essa história provoque desconfiança à primeira vista, algumas pessoas determinadas aceitaram o desafio de transformar o material reciclável em um equipamento essencial para locomoção de um sem número de pessoas com necessidades especiais permanentes ou temporárias.

Volunários da ACC entregam uma das cadeiras

Uma dessas figuras é um conhecido empresário do ramo de metalurgia. A indústria do qual é sócio é muito conhecida no meio dos negócios. Seus produtos vencem, a cada ano, a concorrida disputa do Prêmio Top Five e ele teria muitos motivos para estar sob a luz dos holofotes. No entanto, discretíssimo, concordou em atender a reportagem desde que fosse mantida a confidencialidade.

Como para os jornalistas a notícia é o mais importante, o “Correio Mariliense” aceitou a condição de não citar seu nome e nem da empresa. Então, vamos chama-lo apenas de industrial. Pois bem: ele começou a entrevista dando uma verdadeira aula sobre reciclagem. Reclamou que os preços variam muito e que, às vezes, prefere receber os lacres de alumínio, doar as cadeiras de rodas e só vender o material na época em que as cotações estiverem razoáveis.

Conforme disse, sempre que alguém estiver necessitado, independente de haver lacres de alumínio doados em quantidade suficiente, o caso será avaliado e a pessoa certamente conseguirá ser atendida.

ALTO CUSTO

Iago Barbosa
De fala mansa e sorriso fácil, apesar do horror à promoção pessoal, o industrial contou histórias tocantes para justificar o apoio ao projeto dos lacres de alumínio: “Certa vez, fui pescar na Amazônia e fazendo uma trilha chegamos a um lugarejo em que havia uma jovem que não conseguia se locomover. De tempos em tempos, seu pai precisava percorrer 20 quilômetros pela floresta, empurrando a cadeira de rodas, até chegar à cidade mais próxima onde uma condução levaria pai e filha para Manaus, onde ela fazia tratamento médico. A cadeira chegava arrebentada, toda amarrada com arame. Às vezes, eles conseguiam uma cadeira de rodas nova para voltar. Às vezes não. E tinham que voltar os 20 quilômetros pela floresta naquelas condições”.

Sensível, voltou a Marília disposto a fazer a diferença. Envolvendo os operários da fábrica e demais colaboradores, o industrial conseguiu motivar muita gente. Hoje, dezenas de pontos na cidade arrecadam as garrafas pets cheias de lacre de alumínio. Quem doa sempre tem uma explicação: a satisfação de praticar a solidariedade com um pouquinho de esforço. Afinal, é só retirar o lacre e juntar.

Uma das entidades que abraçou a causa é a ACC (Associação de Combate ao Câncer), presidida por Claudine Barion, cujos voluntários desempenham um trabalho incrível em benefício de milhares de pacientes portadores de doenças oncológicas de Marília e mais 62 municípios da região.

“Muita gente não acredita que os lacres podem virar cadeiras de rodas. Ainda é pequena a divulgação. Apesar disso, já conseguimos um bom volume e doamos duas cadeiras de rodas desde o início da campanha no final de 2.010”, afirmou a presidente. Ela disse que os próprios pacientes retornam às suas cidades e lançam a campanha entre os amigos e familiares. O resultado é que a arrecadação continua aumentando.

Segundo o industrial, já foram doadas seis cadeiras de rodas, incluindo as da ACC. Beneficiaram-se tanto pessoas que necessitam do equipamento permanentemente como outras que o utilizarão como empréstimo e depois devolverão para que outros possam utiliza-lo. Os preços das cadeiras variam de 200 a 2.000 reais, dependendo da especificidade.

Claudine Barion e Neusa Gruppo
Claudine Barion destacou que quem quiser contribuir, basta levar garrafas pets cheias de lacres para a sede da ACC, que fica ao lado do Fórum. Informações podem ser obtidas pelo telefone (14) 34545660 ou e-mail: accmarilia@hotmail.com

PONTOS DE COLETA

Mais de 120 empresas colaboram com a campanha em Marília. Entre elas estão: bares, padarias, postos de combustível, churrascarias, lanchonetes, pesqueiros, sorveterias, associações filantrópicas, escolas de idiomas, colégios, clubes, entre outros estabelecimentos comerciais. Isto sem contar os funcionários das empresas que arrecadam em casa e com suas famílias.

Alguns pontos: Orly Bagueteria, Gráfica Grespan, Gráfica Folhigraf, Gráfica Central, Associação de Combate ao Câncer (ACC), Lanchonete Quentinho, Auto Posto Esmeralda, Escola Fisk, Yara Clube, Itapuãzinho, Casa Grill, Pesqueiro Amoreira, Gigantão Marília, Auto Posto Dallas, Auto Posto Ouro Branco, Auto Posto Itamarati, Frutos da Terra, Restaurante Fogão a Lenha, entre outros.

* Reportagem publicada no "Correio Mariliense", edição de 17.04.2011

DICA VERDE!

CAIXOTES ORIGINAIS
Dra Camomila Medeiros
Quando decidiu abrir sua Clínica de Fisioterapia Estética & Pilates, a fisioterapeuta Camomila Montouro de Medeiros só tinha duas certezas: queria fazer sua estreia na profissão num ambiente moderno e acolhedor e que tivesse uma pegada “sustentável”. Pensando nisso, não foi difícil escolher as prateleiras da sala de atendimento e o aparador de um dos lavabos: ela mandou lixar e pintar com tinta atóxica alguns caixotes de madeira usados.

Detallhe do lavabo
"A primeira coisa que meus clientes comentam é a decoração original. Mas, pra mim, reutilizar algo que seria descartado no lixo é um bom começo”, comentou.

TOME NOTA

Alguns dos personagens mais adorados do Cartoon Network estão se preparando para um dia inteiro de programação verde, em uma maratona que fará parte das comemorações regionais do Dia da Terra em 22 de abril.

O Dia da Terra, uma celebração global de proteção ao meio ambiente, também será a ocasião para o lançamento de uma Campanha Verde multifacetada que visa reunir as crianças da América Latina para agir em seu dia-a-dia protegendo o meio ambiente. As iniciativas estão sob a bandeira do Movimento Cartoon, o braço de responsabilidade social do canal.


O Especial Dia da Terra – marcado das 9h às 23h no dia 22 de abril – será caracterizado por desenhos animados e pelo filme vencedor do Oscar sobre pingüins imperadores, “Happy Feet: O Pingüim”, destacando temas ambientais. A maratona vai incluir shows com temática ambiental, como “Walter & Tandoori”, “Oscar’s Oasis”, “Mestre Raindrop, e a Missão dos Elementos”,“As Aventuras de Flapjack”, entre outros. (Fonte: Fundamento Comunicação Corporativa)

domingo, 10 de abril de 2011

"TAUSTE AÇÃO SOCIAL": ADESÃO DO CONSUMIDOR GARANTE APOIO ÀS ENTIDADES FILANTRÓPICAS

Por Célia Ribeiro

Faltando três dias para o Natal, o vai-e-vem frenético de clientes com os carrinhos lotados de compras foi interrompido pelo toque da sirene: mais uma vez, a Promoção “Panetone Solidário” havia atingido a meta de 30.000 unidades vendidas com renda integralmente revertida a uma entidade filantrópica. No dia 22 de dezembro de 2.010, funcionários, médicos e diretoras da Maternidade e Gota de Leite estavam a postos, no Supermercado Tauste – Loja Sul, ansiosos pelo momento em que seria registrada a venda final.
Guilherme Cunha: articulador

Coincidências da vida, no caixa estava o médico Hamilton Cerântola, membro do Corpo Clínico da Gota de Leite que se surpreendeu pela barulhenta comemoração que se seguiu: os panificadores do Tauste, que trabalham na produção dos panetones, pulavam tocando apitos. Os funcionários da maternidade se abraçavam e a emoção contagiou os clientes que se mostraram felizes em participarem daquele momento.

Panificadores comemoram 

O registro do dia 22 de dezembro foi o último ato de um espetáculo de solidariedade que começou bem antes, com o surgimento do grupo Tauste, hoje reconhecido como um dos maiores e mais sólidos do setor supermercadista que emprega diretamente 1.100 funcionários em três lojas (duas em Marília e uma em Bauru) e gera centenas de empregos indiretos.

Fachada do Tauste Sul


“Desde o início, o Tauste traz em seu DNA a consciência da responsabilidade social que uma empresa deve fomentar. Marília possui uma extensa e importante rede assistencial que atende de forma humana e eficiente as diversas demandas da população mais carente, não apenas local, mas regionalmente. Através de parcerias, o Tauste tem atuado de forma contundente junto a estas entidades, a Secretaria Municipal de Educação, clubes de serviços e outras organizações que visam a melhoria na qualidade de vida da nossa gente”, informou o coordenador do “Tauste Ação Social”, Guilherme Rodrigues da Cunha.
Dr. Hamilton Cerântola

Conforme disse, em 2006, com o intuito de centralizar as diversas iniciativas desenvolvidas, foi criado o “Tauste Ação Social”, com estrutura e orçamento próprios. A partir daí, iniciou-se um processo de mapeamento de todas as entidades, suas necessidades e avaliação do impacto social que um aporte financeiro poderia trazer.

Guilherme ressaltou que “é muito difícil enumerar a quantidade de entidades beneficiadas. São associações de bairros, igrejas, escolas, creches, casas de abrigo, hospitais, entidades que cuidam de deficientes físicos, mentais, ONGs ambientalistas, clubes de serviços, além o auxílio a populações atingidas por desastres naturais no país inteiro. Parcerias com o Ministério da Saúde, Fundação Rotária, Instituto Ronald McDonald entre outras, fazem parte do nosso calendário anual”.

Neste sentido, disse que “praticamente todas as entidades de Marília que realizam um trabalho sério, e têm comprovada utilidade pública, receberam direta ou indiretamente o apoio do ‘Tauste Ação Social’ ao longo dos anos. Porém, há que se ressaltar que de todas as parcerias, a mais relevante é com a comunidade mariliense. O espírito caridoso de nosso povo é o propulsor que nos possibilita realizar um trabalho de tamanha relevância para Marília e região. Graças a esta parceria, vários projetos têm sido desenvolvidos nos últimos cinco anos”.

Com investimentos de mais de 1,2 milhão de reais, apenas nos últimos quatro anos, o “Tauste Ação Social” deverá ter um incremento a partir de junho de 2.011. Entre os projetos apoiados destacam-se “a implantação da UTI Pediátrica no hospital Materno Infantil, o Centro de Convivência para pacientes com câncer na ACC (Associação de Combate ao Câncer), a brinquedoteca no Hemocentro, um ginásio multiuso na APAE, a ampliação do laboratório do Teste do Pezinho também na APAE e agora em 2011 estaremos participando da ampliação e modernização da estrutura da Maternidade e Gota de Leite”. Os 120 mil reais da campanha de 2.010 serão utilizados nas obras do novo Centro Obstétrico.

COBERTOR CURTO

Articulado e com um incrível poder de envolver e motivar as pessoas, Guilherme Cunha chegou ao grupo Tauste para prestar consultoria, há cinco anos, quando a empresa sinalizava os audaciosos planos de expansão. Hoje, além de todo o trabalho na área de Marketing ele é a “alma” dos projetos sociais do grupo.
Rotarianos, diretoras e funcionários da Gota de Leite

Não raras vezes pode-se ver o Guilherme Cunha chorando, ao vivo, na TV durante transmissão das campanhas beneficentes. Ele é assim mesmo, sensível e sempre antenado com as causas sociais. Talvez por isso, o Dr. Francisco Agostinho, carro-chefe do Hospital Materno Infantil, tomou a liberdade de telefonar para a casa dele numa madrugada em que a UTI pediátrica estava lotada. Muito emocionado, o pediatra contou-lhe que graças à campanha de arrecadação de recursos do Tauste dezenas de crianças seriam salvas porque estavam tendo o atendimento adequado.

“Infelizmente, o cobertor é curto. Temos muitas entidades com necessidades, mas temos que priorizar”, explicou o coordenador. Ele observou que o Tauste é criterioso na escolha: “Durante o ano todo recebemos solicitações de auxílio que são avaliadas e direcionadas conforme sua classificação. Para investimentos maiores o trabalho é mais complexo. É realizado um estudo de viabilidade, de impacto social e projeção de resultados a curto, médio e longo prazos”.

Ele acrescentou que “levamos em conta o histórico, a seriedade e transparência com que a entidade é gerida e atualmente, para os projetos de médio e grande portes, estamos exigindo a certificação de Utilidade Pública Federal. Contamos, ainda, em várias ações com a parceria dos sete Rotary Clubs de nossa cidade, nos ajudando na difícil tarefa de selecionar os projetos mais indicados”.

E finalizou: “O Tauste acredita que o sucesso de uma empresa não pode ser medido pelo retorno financeiro para seus acionistas, mas sim, pela melhoria na qualidade de vida de seus funcionários e da sociedade onde está inserida. A justiça social só será efetivamente alcançada com a união de esforços entre o poder público e a iniciativa privada. Esta é a razão da existência do Tauste Ação Social, e o nosso maior objetivo”.

GOTA DE LEITE

Presidente da Maternidade e Gota de Leite, onde é voluntária há 25 anos, Virgínia Balloni fez questão de agradecer ao Tauste e à população que colaborou com a campanha: “É a primeira grande doação para a concretização de um sonho”, afirmou, referindo-se ao projeto do novo Centro Obstétrico.

Virgínia Balloni, presidente da maternidade
Destinando mais de 80% de seu atendimento a pacientes SUS, a maternidade tem investido no parto humanizado com envolvimento de toda equipe de profissionais. “Com essa doação de 120 mil reais iniciaremos a construção da Central de Materiais” que vai sair do prédio principal, disse. A obra completa, que formará o novo Centro Obstétrico, custará em torno de 500 mil reais. Em 2011, a Gota de Leite completará 80 anos de fundação.

* Reportagem publicada na edição impressa do "Correio Mariliense" de 10.04.2011

DICA VERDE!

FECHADURAS INOVADORAS

A PADO anuncia a ampliação da linha ECOINOX em 2011. O portfólio, que era composto por seis fechaduras, passa a contar agora com mais duas novas - Marina e Nina. As fechaduras e puxadores são elaborados em aço inox e seguem os parâmetros de resistência à corrosão química e atmosférica, sem utilizarem para isso o tratamento de superfície de cromo, considerado agressivo ao meio ambiente. Além disso, a linha passa por um processo de transformação em fusão e estampagem que não utiliza qualquer recurso natural.
“Neste mercado, somos pioneiros no fornecimento de fechaduras ecologicamente corretas aos consumidores. A iniciativa, lançada em 2010, foi um sucesso e, por isso, optamos por ampliar a linha com novos modelos, incluindo puxadores”, afirma Alexandre Zanatta, diretor comercial e de marketing da PADO. (Fonte: CDN – Comunicação Corporativa)

PRESENTE ECOLÓGICO PARA AS MÃES


As empresas estão embarcando na onda verde para sensibilizar os filhos na hora de comprarem o presente do “Dia das Mães”. A Goóc acaba de lançar uma linha de sapatilhas ecologicamente corretas.
Confeccionadas em fibras naturais, como a palha, o algodão e o cizal, com solado fabricado em sola de pneu reciclado, as sapatilhas prometem conforto extremo e estilo despojado.
A modelagem é um dos diferencias, a sola de carpete de pneu sai da ponta e chega a outra extremidade com uma suave elevação, similar a uma Anabela e o forro em Poá dá ainda mais delicadeza a sapatilha. (Fonte: HD Press Assessoria de Comunicação)

TOME NOTA!

Estão abertas as inscrições para o 7º Concurso Causos do ECA, promovido pela Fundação Telefônica, através do Portal Pró-Menino. O concurso, aberto a todos, pretende mostrar como a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) impactou positivamente a vida de crianças e adolescentes, gerando transformação social. As histórias podem ser inscritas até 6 de junho. O concurso premiará “causos” em duas categorias no formato texto: “ECA como instrumento de Transformação”, voltada para a divulgação de experiências gerais em que a aplicação do ECA tenha transformado a vida de crianças e adolescentes; e “ECA na Escola”, que prioriza a ação da instituição de ensino, e é destinada a promover histórias em que o estatuto tenha sido determinante para mudar uma situação na comunidade escolar.

Serão premiados os três primeiros colocados de cada categoria. Assim, será concedido prêmio de R$ 15 mil para os primeiros colocados; de R$ 10 mil, para os segundos e de R$ 5 mil para os terceiros lugares. Também haverá a premiação por Júri Popular. O internauta poderá votar através do Portal Pró-Menino (http://www.promenino.org.br/), sendo possível realizar dois votos: um para histórias em formato texto e um para histórias formato vídeo. Os vencedores receberão prêmio de R$ 10 mil cada. (Fonte: Com Texto Comunicação Corporativa)

domingo, 3 de abril de 2011

PASTORAL DA SOBRIEDADE: USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS BUSCAM NA FÉ A FORÇA PARA SOBREVIVEREM

Por Célia Ribeiro

Movimentada por natureza, a avenida Castro Alves registrou um pequeno congestionamento na altura da Praça São Miguel, pouco antes das 19hs de quinta-feira. Era noite de confissão coletiva dos católicos em preparação para a Páscoa. No interior da igreja, vários padres se posicionavam para atender centenas de fiéis. Enquanto isso, um grupo de leigos se acomodava para ouvir outro tipo de confissão bem ao lado, no salão paroquial.


Grupo se encontra às quintas-feiras na São Miguel

Em formação, há cerca de dois anos, a Pastoral da Sobriedade, coordenada pelo aposentado Francisco Augusto Pereira Neto, promove reuniões todas as quintas-feiras na Igreja São Miguel, das 19h30 às 21h30. O objetivo é acolher ex-usuários de drogas e álcool e suas famílias, dando-lhes apoio espiritual a partir da palavra de Deus. A meta é organizar pastorais no maior número possível de igrejas.

No grupo da última quinta-feira, estavam presentes três ex-dependentes químicos, além de pais e mães de filhos que ainda lutam para se libertarem do vício. Em comum, histórias de dor e a fé inabalável em Deus que lhes garante suporte para enfrentarem as consequências devastadoras que o álcool e as drogas provocam nas famílias.

A reunião começou com as boas-vindas, seguida de orações e cânticos, numa espécie de preparação para o que viria: aos 36 anos, dos quais 26 dedicados a todo tipo de drogas, um rapaz em recuperação se apresentou para dar um testemunho e contar sua história. Desde a internação no orfanato, onde teve o primeiro contato com a maconha, até seis meses atrás, Maurício Barros (nome fictício) viveu uma sequência de crimes no submundo da marginalidade com direito a prisões e viagens internacionais a serviço do tráfico.

O COMEÇO DE TUDO

Maurício (de costas) e o coordenador
“Eu era um garoto muito tímido. Ficava com vergonha dos colegas da escola que tinham família e iam pra casa depois da aula, enquanto eu tinha que voltar para o orfanato. Nos fins de semana, o pessoal que ia jogar bola levava maconha pra lá. E foi com 10 anos que fumei, pela primeira vez”, começou a desvendar seu passado diante do grupo em completo silêncio.

Maurício contou que ao sair do orfanato foi viver com a família, mas já estava viciado. “Fumava todo dia”, disse. Com a adolescência veio o primeiro amor. Ele ficou noivo, casou-se, mas a droga foi mais forte e, um ano depois, a separação. “Como era jovem, tinha pique para aguentar o ritmo e me drogava todo dia. Da maconha, conheci a cocaína que era meu gás para começar o dia e para dormir e depois o crack”.

Separado da esposa, Maurício mergulhou ainda mais fundo nas drogas: “Inalar já não dava o mesmo barato e comecei a injetar cocaína”, revelou com o olhar fixo num ponto imaginário. E essa fase pesada cobrou o preço da desestruturação familiar. Ele começou a roubar tudo da casa dos pais para vender nos pontos de droga.

Desesperada, a mãe conseguiu interna-lo pela primeira vez. Foram dezenas de internações em clínicas públicas e particulares. E a cada período de sobriedade seguia-se outro muito pior de submissão ao inimigo poderoso que controlava sua mente e seu corpo: “Quando eu estava limpo e conseguia um emprego, ficava desesperado quando recebia o pagamento. É que, na maioria das vezes, eu pegava o salário inteiro e levava pra favela da Vila Barros. Ficava trancado numa casa fumando todo o dinheiro até acabar. Só então eu voltava para a casa dos meus pais”.

PRAÇA SÃO MIGUEL

Lembranças de sofrimento na praça

 “Eu era especialista em mentir e manipular”, soltou de uma vez. Maurício conheceu o inferno sem morrer: “No período mais bravo, ficava sujo, sem tomar banho, sem fazer barba e minha mãe nem abria o portão pra eu entrar em casa. Fui morar na praça e, vocês não imaginam como foi difícil chegar aqui e ver a Praça São Miguel, onde vivi como mendigo por cinco anos”, revelou.

Na verdade, para chegar à igreja o coordenador foi busca-lo em casa e depois o levou ao final da reunião: “Ele não superou o trauma e não consegue passar perto da praça por causa das lembranças”, explicou Francisco Augusto.

Voltando ao testemunho, Maurício contou que para obter a droga era capaz de tudo. Tudo mesmo! Chegou a pedir demissão do emprego para usar o dinheiro do acerto trabalhista em drogas. Roubou, praticou sequestros relâmpagos, clonou cartões de crédito e quase matou: “Morava num hotelzinho perto da Rodoviária de Ribeirão Preto. Uma garota de programa disse que o cliente que estava com ela tinha seis mil reais. Eu me escondi no carro dele e quando ele entrou, anunciei o assalto. Como ele reagiu, dei duas facadas, roubei e entrei numa favela perto da estrada. Soube que o rapaz não morreu por pouco, porque perdeu muito sangue”.

Perambulando por várias cidades de São Paulo e de outros estados, Maurício chegou ao topo da criminalidade envolvendo-se com marginais de alta periculosidade. Viajou pela Argentina, Paraguai, Bolívia e Venezuela: “Eu ia buscar drogas para traficar e aproveitava para comprar pra mim. Era barato e podia usar à vontade, sem a fiscalização que tem no Brasil”. A justiça mandou a fatura. Maurício cumpriu várias penas e encontra-se em liberdade condicional.

Há seis meses, depois de três overdoses e um apagão por coma alcoólico, Maurício encontrou apoio num grupo de A.A. (Alcoólicos Anônimos), começou a trabalhar como servente de pedreiro e tenta a reabilitação: “Minha doença não tem cura. O programa do A.A. me ajuda a me manter limpo e a mudar minhas atitudes. Tenho muita tristeza pelo que fiz e orgulho do que conquistei. Tenho medo de perder isso, esse apoio da família, de comer com meus pais, de conversar com eles, ajudar nas pequenas coisas como arrumar a cozinha depois de jantar”, afirmou.

CURA PELA FÉ

Atentos ao testemunho de Maurício, a dona de casa Ester (nome fictício) e seu marido, o caminhoneiro Pedro (nome fictício) disseram que sentiram na pele o que a droga faz nas famílias. O casal tem dois filhos (19 e 23 anos): o mais novo é usuário de drogas e o mais velho está preso.

“A família inteira fica doente. Foi aqui que aprendemos a lidar com a situação. Eu me apego muito com Deus. Eu amo muito meus filhos e só não amo o que eles fazem”, afirmou a mãe dos rapazes. “Aprendemos que nossos filhos são doentes. Minha fé que eles vão superar é maior que a dor que eu sinto”, acrescentou.

O caminhoneiro Pedro lamentou a hipocrisia alheia: “Os vizinhos ficam comentando quando aparece Polícia lá em casa. Mas, muitos deles têm problema e escondem. Nós não escondemos, não sentimos vergonha dos nossos filhos. Tem parente que não vai na nossa casa e não quer nossos filhos na casa deles”, desabafou.

“Eu já servia a Deus muito antes disso acontecer com meus filhos”, assinalou a dona-de-casa, assegurando que não se revolta com Deus: “Este é o melhor lugar que eu poderia estar; aqui é o caminho da libertação de cada um de nossos filhos”.

Encerrando a noite, o coordenador Francisco coman'dou a oração, mas antes reafirmou que “a dependência química é uma doença que exige tratamento físico, mental e espiritual” e que as atividades da Pastoral da Sobriedade esperam apoiar as famílias e acolher todos que buscam ajuda para virarem a página e começarem uma nova história de superação. Com as bênçãos de Deus.

* Reportagem publicada na edição impressa do "Correio Mariliense" de 03.04.2011

DICA VERDE

Rota da reciclagem: acesse e encontre os pontos de coleta

O Portal Rota da Reciclagem (http://www.rotadareciclagem.com.br/) , criado pela Tetra Pak para facilitar a localização de cooperativas e de pontos de entrega voluntária de materiais recicláveis, completa três anos de existência com um total de mais 1,2 milhão de pageviews. Desde sua criação já foram realizadas mais de 400 mil pesquisas sobre informações das cooperativas de coleta e triagem de materiais em todo o país. Hoje o portal conta com cerca de 3.000 pontos de coleta seletiva cadastrados e disponíveis para a população.
Recipientes para reciclagem

Clicando no site e selecionando a cidade de Marília, por exemplo, aparecerá o endereço do Supermercado Pão de Açúcar que mantém uma Central de Coleta de Reciclagens no estacionamento.

De acordo com Fernando von Zuben, Diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, no início do ano a campanha de TV protagonizada pela atriz Irene Ravache alavancou os acessos em mais de 20%. “Investimos constantemente na conscientização dos consumidores para atingir nosso objetivo de disseminar a mensagem da importância da reciclagem e da coleta seletiva” completa Fernando. Mais Informações: http://www.tetrapak.com.br/ (Fonte: CDN - Comunicação Corporativa)